sexta-feira, 19 de março de 2010

Abstinência


É como uma droga...
Começamos pela felicidade e terminamos pela dor.
Chega e afeta minha mente, domina meu corpo e toma para ti meu ser. Me vicia, me deseja e me deixa a desejar.
Esse vício torna-se intenso à medida que não sabemos nos controlar... ou não queremos.
Acho que estou começando a entrar em crise. Já não sei onde encontrá-la, ou substituí-la, apenas sei que estou no limite.
Os reflexos desta doença, desta dependência estão cada vez mais fortes e meu corpo domina minha mente. Meus olhos mostram saídas de portas trancadas e ilusões carnais. Vejo-a em cada olhar, sinto-a em cada tocar. É como uma perseguição da qual eu não tento fugir, corro em direção à ti mas nunca alcanço. São reflexos de uma doença incurável, ou inevitável, já não sei o que é, mas não procuro saber.
Essa doença indecifrável fez em mim uma morada, cercou-me de muros e me sinto preso desde então. Acorrentado em meus próprios sentimentos, prisioneiro de minha própria alma. Sei que esta, derrama rios de sangue forçando correntes inexistentes.
São insuportáveis as dores que sinto ao querer-te novamente. Sonho ou não, nós vivemos um momento do qual jamais esquecerei.
Ainda percorre em minhas veias aquele pouco que de ti injetei e a cada batida que faz meu coração, lá está presente, você.
Ouso dizer que diferente da droga, você não tem cura. Diferente da droga, não há desintoxicação.
Diferente da droga, você não tem volta,
amor.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Feliz 25 de Dezembro


Natal, tempo de paz, felicidade, prosperidade, amores e alegrias.
Ironia, falsidade ou mentira.? Fica difícil saber.
Ainda me lembro de quando menino, na rua de minha avó, todas as casas abriam seus portões para compartilhar de sentimentos, emoções, e alegrias, muitas vezes escondidas atrás do capitalismo anual. Ainda me lembro de quando menino, ali sentado na varanda, eu via rostos felizes, diferentes famílias eram uma só. Ainda me lembro que quando menino eu sonhava e não acreditava no que o mundo poderia ser.
Os anos passavam e o Natal também. Unidos na casa do parente mais velho, as casas da rua da vovó não mais abriam os portões. As famílias não mais se uniam e tudo o que me perguntam é o que eu ganhei de Natal.
Cadê o sentimento? Cadê a alegria? Só vejo presentes e enfeites. São tristezas escondidas atrás de luzes e álcool. Tristezas estampadas na cara num leve sorriso ironico. Mas é lógico que estão felizes, ganhamos presentes né?
Eu só queria entender por que essa união se fecha em um apartamento. Queria saber por que não é como antes. Queria compreender como somos capazes de desperdiçar tanta comida, dar tantos presentes e não estender a mão para aquele que nos pediu um pedaço de pão quando fomos à padaria comprar do melhor e mais caro, temos a cara de pau de dizer-lhe que não sobrou ou pagamos no cartão. Queria saber quem é esse Papai Noel, o bom velinho, que só frequenta a casa dos mais ricos. O que responde aquelas mães que nada tem quando seus filhos perguntam, num ar de inocente, se o Papai Noel virá. Sinceramente, acho que a figura do Tio Sam faria melhor papel.
O que mais dói é saber que a desculpa para toda essa hipocrisia é o nascimento do Senhor. Uma data inventada para se comemorar algo tão grande. É engraçado este "aniversário" onde nós é quem ganhamos presentes e o aniversariante só é lembrado, quando lembrado, antes da ceia. Não faço questão de enfeites e presentes, eu só quero uma alegria verdadeira.
Hoje, como sempre, a família está reunida na casa do mais velho, trocando presentes, bebendo e rindo atoa. Eu, me encontro só, no meu quarto, pois eu não aguentaria olhar a falsidade presente na família que só lembra de festejar. O Natal, é apenas uma data.

25/12/2009 - eu perdi as esperanças no Natal.

Feliz 25 de Dezembro.

Você


Já não sei se posso responder por meus atos, mas acho que não.

Não confio em meus sentimentos, pois estes, me enganam.

Sinto-me confuso, mas tenho medo de arriscar pelo sim ou pelo não.

Trocar o certo pelo incerto, despertou em mim curiosidade tamanha que me vejo, talvez, amando.

Quando em teus olhos olhei, vi um diferencial. Despertei um desejo, proibido, o qual eu tento segurar.

Esse proibido traz consigo uma sensação boa, um medo, um sorriso.

Não garanto me segurar ao te ver novamente, sei que é errado, porém mais errado seria fugir de mim mesmo.

Sinto vontade de contigo estar, diante do mar,

Proximo do teu rosto, o meu. Perto da tua boca, a minha.

Tão próximos que uma leve brisa nos levaria ao dito cujo, proibido.

Não me importo. Comparo então teus olhos ao mar;

Mansos, serenos, pertubadores, mentirosos. Me atraem e não consigo nadar.

Me salvo em tua boca, rosada e macia. Num beijo doce me perco em pensamentos, longe da realidade eu faço do mundo, perfeito.

Escapismo causado pela tentação que você me fez.

Não está certo, em algo errei. Não me importo. Sinto o beijo se afastar.

Medo. Quero mais. Antes mesmo que eu pudesse pedir, sinto algo suave pelo meu rosto passar.

Sua mão, delicada, leve. Pelo meu rosto me percorre corpo a fora.

Um leve arrepio. Uma mordida, um arranhão, me excito. Teus dentes tocam meu pescoço. Não faça isso.

Outro beijo. Agora são minhas as mãos que percorrem teu corpo.

Pouco a pouco, cada curva. Sinto seu arrepio. Estamos indo longe demais. Porém teu beijo não me deixa pensar.

Deixa rolar. Vamos embora. Ninguém em casa, deixe-me valorizar a mulher que és.

Te respeito, te excito. Estamos sós.

Abrem a porta, estou dormindo. Percebo, então, que era apenas um sonho. Ou você é minha ilusão?

Não sei. Não me importa. Te quero fora de sonhos,

Te quero, amor impossivel.

Carta tosca sem final


E de vermelho eu escrevo aquilo que em mil cores eu representaria uma palavra.

Me guardo a este momento para com clareza te dizer coisas belas em frases ensanguentadas.

Você diz que fui a pior coisa em sua vida, que gostaria de não ter me conhecido.

Em resposta vos digo: você foi a melhor, real e única pessoa a qual eu realmente amei.

Sinto e peço-lhe desculpas se não fui aquilo que você esperava que eu fosse.

Tentei dar de mim, o melhor, não consegui. Mas se pudesse, eu voltaria e faria tudo exatamente igual. Porém, aproveitaria mais, e mais intensamente cada momento, cada abraço, cada beijo, cada aperto de mão, cada olhar. Guardaria em mim, assim como guardo, cada palavra por você profanada.

Um anjo que do céu caiu, em forma humana, com luz artificial, me atraiu ao acaso, sem noção de tempo e espaço, por você deixei-me guiar.

Penso, mas por mim já não vivo mais. Por ti, e somente por ti me apaixonei. Carrego comigo marcas e cicatrizes das quais não quero me livrar. Momentos que contigo passei, mais do que em fotos, guardarei comigo, no coração.

Creio que não consegui dizer-lhe o que eu queria.

Perder você me tira o raciocínio, a concentração...

Que


Quem se dedica sofre em dobro, o medo une, a paixão machuca, o coração destrói.

O amor existe se você acreditar e você sofre ao se apaixonar, ao tempo que: quem muito ama, odeia e quem muito odeia, ama.

O erro está fora do ser humano pois este foi feito à imagem e semelhança Dele, porém a contradição da vida grita e o homem é errado dentro de suas próprias verdades, verdades estas que abalam.

Viver no ócio é ruin mas de que adianta trabalhar sem fins? Se você acha que estas palavras são de difícil compreensão, procure entender seu coração.

Já pensou que gostamos do imperfeito? Afinal, nada e ninguém é perfeito, de areia à estrelas, o diferente é curioso. Nada é bonito, nada é feio, nada é igual. A busca pelo diferente nos faz crescer, as curiosas perguntas nos fazem pensar, movem o mundo e nos destroem.
Andando, vivendo, aprendendo sem saber se está certo. Paz se conquista com guerra e guerra se inicia com paz.
E o homem, hoje, está perto de cair num poço chamado: Ousadia.
Sinceramente, não sei por que escrevi isso, mas para alguém foi útil e se eu fiz uma pessoa pensar, minha parte está feita.

Que vergonha


Que vergonha,
Quase 10 e me deixo levar

Que vergonha
Foi impossível deixar de me apaixonar

Seus olhos me lembram o mar, menina
E feito criança me deixo enganar
Me lanço de peito aberto achando que sei nadar, mas acho que to começando a me afogar
Ó menina que me encanta
Posso ver teus olhos, lindos como o céu sem nuvens
Será que você me dá uma chance?
Posso sentir teu perfume
Posso sentir o teu corpo colado ao meu
Tua mão percorre meu corpo à medida que a minha percorre o teu
Essa sincronia quase perfeita só deixa a desejar uma coisa...
O quê?
Eu não posso?
Deixa disso...
Teus lábios, tão rosados, tão macios, que arrepio!
Agora, mais perto, vejo que teus olhos realmente me dominam
Que medo é esse que me põe louco?
Que estranha sensação é essa que me faz delirar sempre ao pensar em você?
Você me deixa louco, criança
Você me confunde
Você desperta um sentimento proibido
Você...

Que vergonha.

Born.

Gostaria de deixar claro nesta primeira postagem que o blog Postremum foi criado sem intenção alguma. Eu o criei à pedidos de amigos que leram textos produzidos por mim.
Escrevo apenas quando me dá vontade, por isso, escrevo pouco. Mas este pouco, compartilharei com vocês.

Espero que gostem.

João Pedro Rodriges Alves