quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Fool Childhood


Às vezes me calo por medo.
Às vezes eu falo por medo.
Às vezes me perco em desejos.
Às vezes por desejos me perco.

Às vezes, mas só às vezes, me apaixono.
E nessas vezes eu sonho. Eu sonho tão alto e grande que penso ser impossível. E no impossível desanimo. E no desânimo sinto medo. E no medo me calo.
É nesse silêncio que lembro do sonho. E no sonho havia você. E com você eu falo. E eu falo por medo. Medo de perder você.
É nesse medo que percebo. Percebo o quanto quero você. E nesse querer me perco. Me perco no desejo de ter você.
É por tanto desejar que eu estou assim. Perdido. São tantos e tão intensos desejos que me perco na ilusão de que estamos juntos. E como uma boba criança, penso ser realidade minha fértil imaginação.
Só quero que saiba que criança não e tola. Criança é aquilo que todo adulto quer ser: confiante. Criança tem aquilo que muito adulto já perdeu: esperança.
Então me deixa, me deixa ser criança. Quem sabe, quem sabe, minha esperança e confiança ainda sabem me trazer os meus desejos como na imaginação dos meus velhos tempos de infância.