sábado, 23 de abril de 2011

Insonia



Olhos fechados,
evito ver.
A mente aberta,
só pensa em você.

É madrugada e já não sei o que fazer,
as horas passam e me econtro
perdido no tempo.
O tic-tac do relógio me irrita,
tentando me enganar com seus ponteiros
fúteis.
Faz horas que estou aqui parado,
e ele insiste em rodar inúteis 5 minutos.

O corpo permanece deitado.
Meus pensamentos insistem em encontrar você.
A imaginação me atormenta.
A noite está tão serena.
Mas continuo sem o que fazer.
Os olhos observam seu retrato.

O incenso queima teu perfume.
Sua fumaça me faz formas.
As cinzas fedem a estrume.
Você já não traz o cheiro das rosas.

Tic-tac, insiste o relógio:
Uma droga de poema.
Um inútil coração.
Uma doce menina.
Um adeus em vão.